menu logo

tamanho do texto:

Ilhéu de Vila Franca do Campo

Área Protegida para a Gestão de Habitats ou Espécies

gallery_thumbnail
zoom in

Galeria

O Ilhéu de Vila Franca do Campo está situado a cerca de 500 metros a sul de Vila Franca do Campo, ocupa uma área de cerca de 8 hectares e tem uma altitude máxima de 62 metros.

O ilhéu representa um dos principais polos de atração no panorama litoral dos Açores devido aos seus valores geológicos, biológicos, histórico-culturais e paisagísticos e, em particular, à sua importância na preservação das espécies e habitats.

É uma zona turística muito procurada durante a época de verão para banhos, mergulho de apneia e observação de aves. No entanto, durante os meses de junho a setembro, o número de pessoas que podem aceder a esta área protegida é limitado, como forma de mitigar o impacte sobre este habitat, de acordo com a Portaria n.º 66/2018, de 20 de junho.

O Ilhéu de Vila Franca do Campo corresponde a um cone de tufos surtseianos, resultante de uma erupção vulcânica submarina de natureza basáltica, sendo constituído por tufos de cor amarelada ou acastanhada, com uma estratificação nítida e com fragmentos rochosos intercalados. Estes fragmentos correspondem a rochas do fundo do mar envolvente, igualmente projetados durante a erupção, a qual terá ocorrido há cerca de 4 a 5 mil anos. Atualmente, o cone vulcânico está parcialmente erodido e fraturado por várias fendas, que o dividem em dois: o Ilhéu Pequeno e o Ilhéu Grande.

A riqueza biológica do ilhéu é grande e passa pela diversidade faunística escondida no mar, quer no fundo arenoso, como no rochoso, que albergam uma variedade de moluscos (alguns endémicos) e equinodermes, como também pelo território de nidificação que representa para algumas aves marinhas migratórias, como o cagarro (Calonectris borealis) e o garajau-comum (Sterna hirundo).

A nível da flora natural merecem especial destaque as espécies cabaceira (Pericallis malvifolia), urze (Erica azorica), bracel-da-rocha (Festuca petraea), erva-leiteira (Euphorbia azorica), vidália (Azorina vidalii), salsa-burra (Daucus carota subsp. azoricus) e, no topo do Ilhéu Grande, um exemplar solitário de dragoeiro (Dracaena draco).

Com vista a recuperar a vegetação nativa e melhorar o habitat das aves marinhas, este ilhéu foi intervencionado ao abrigo do Projeto LIFE “Ilhas Santuário para Aves Marinhas”.

Este ilhéu, inicialmente classificado como Reserva Natural em 1983,  integra a Área Protegida para a Gestão de Recursos da Caloura – Ilhéu de Vila Franca do Campo, a Zona de Reserva Integral de Captura de Lapas e o programa ambiental Biótopo CORINE. Esta geopaisagem constitui ainda um geossítio do Açores Geoparque Mundial da UNESCO.

Classificações:

Rede Natura 2000

Geossítio

Respeita os termos do WCAG 2.00 AA