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Algar do Carvão
Monumento Natural
Localizado, sensivelmente, no meio da ilha Terceira, esta área protegida tem de cerca de 39 hectares e encontra-se a uma altitude aproximada de 640 metros.
O Algar do Carvão é um monumento relevante para a vulcanologia da ilha e dos Açores. Contudo, também é bastante significante em termos de biodiversidade, pois, devido à intensa luminosidade, a parte superior do interior do cone encontra-se coberta de vegetação onde habitam várias espécies de fauna. Há medida que se avança para o fundo do cone, o nível de vegetação decresce até ao fundo da gruta, onde existe, algas e bolores.
Este monumento natural é constituído por um cone de escórias cuja chaminé vulcânica, não se encontrando completamente obstruída por preenchimentos ou por desabamentos, termina numa pequena lagoa à profundidade de 90 metros. De grande geodiversidade associada, destaca-se a profusão de formações siliciosas, como estalactites e as estalagmites, muito desenvolvidas e de ocorrência rara em vulcanismo oceânico.
Juntamente com as comunidades biológicas que recobrem o interior do cone, o algar constitui um habitat natural protegido onde se podem identificar diversos endemismos da flora, tais como a urze (Erica azorica), o azevinho (Ilex azorica), o louro-da-terra (Laurus azorica), a uva-da-serra (Vaccinium cylindraceum), os fetos como o feto-pente (Blechnum spicant) e o Polypodium azoricum e os musgos Alophosia azorica e Calypogeia azorica.
Da fauna presente destaca-se a presença dos artrópodes endémicos cavernícolas de que são exemplo a aranha (Turinyphia cavernicola), a centopeia (Lithobius obscurus azoreae) e o carocho (Trechus terceiranus).
Esta área integra a Zona Especial de Conservação (ZEC) da Serra de Santa Bárbara e Pico Alto no âmbito da Rede Natura 2000 e o Sítio Ramsar Planalto Central da Terceira ao abrigo da Convenção Ramsar. O Algar do Carvão é ainda um geossítio do Geoparque Açores – Geoparque Mundial da UNESCO.