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Ilhéu de Baixo
Reserva Natural
Localizada no extremo sudeste da ilha, a área protegida do Ilhéu de Baixo abrange 9,76 hectares de área terreste e 129,3 hectares de área marinha.
O Ilhéu de Baixo situa-se a cerca de 700 metros da costa e apresenta uma altitude máxima de 74 metros, estando associado à atividade vulcânica submarina que edificou o vulcão central da Caldeira.
Corresponde a um cone de tufos surtseianos – formado na sequência de uma erupção submarina de natureza basáltica s.l., em águas pouco profundas – que se encontra bastante erodido, sendo constituído, atualmente, por dois ilhéus e alguns pequenos rochedos emersos.
No ilhéu observam-se diversas espécies de flora costeira endémica: vidália (Azorina vidalii), Spergularia azorica, não-me-esqueças (Myosotis maritima), erva-leiteira (Euphorbia azorica) e bracel-da-rocha (Festuca petraea).
É também uma importante zona de nidificação de aves marinhas, tais como o garajau-comum (Sterna hirundo), o painho da Madeira (Hydrobates castro), o painho de Monteiro (Hydrobates monteiroi) – um endemismo açoriano –, o cagarro (Calonectris borealis) e o frulho (Puffinus lherminieri baroli).
Na componente marinha, salientam-se espécies como a craca (Megabalanus azoricus), o bodião-azul (Symphodus caeruleus), o mero (Epinephelus marginatus), a lagosta (Palinurus elephas) e a lapa-brava (Patella aspera).
Esta área protegida integra a Zona de Proteção Especial (ZPE) do Ilhéu de Baixo e a Zona Especial de Conservação (ZEC) do Ilhéu de Baixo – Restinga, no âmbito da Rede Natura 2000, bem como a Área Importante para as Aves e Biodiversidade (IBA – Important Bird and Biodiversity Area) Ilhéu de Baixo e Costa Adjacente, da organização BirdLife International. A área integra também o geossítio prioritário Ponta do Carapacho, Ponta da Restinga e Ilhéu de Baixo, do Geoparque Açores – Geoparque Mundial da UNESCO.