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Vulcão dos Capelinhos
Monumento Natural
Com cerca de 125 hectares, este Monumento Natural estende-se desde as rochas basálticas da ponta sudoeste do cais do Porto do Comprido até ao Costado da Nau.
Foi classificado em função dos seus valores estéticos e naturais, designadamente a singularidade geológica e a biodiversidade associadas a espécies e habitat protegidos, bem como da expressiva componente cultural e histórica da erupção do Vulcão dos Capelinhos.
A evolução natural da paisagem deve-se à presença de elementos geomorfológicos de elevada representatividade, bem como à possibilidade de observar diferentes produtos vulcânicos das diferentes fases eruptivas.
O Vulcão dos Capelinhos tornou-se um marco histórico a nível vulcanológico, quando, entre os anos de 1957 e 1958, ocorreu uma erupção no mar, a cerca de 1 quilómetro da costa noroeste da ilha do Faial, a uma profundidade máxima de 60 metros. Durante os 13 meses de atividade, este vulcão teve duas fases distintas: a submarina, caracterizada por grandes explosões com emissão de jatos de cinza, colunas de vapor de água e outros gases; e a subaérea, com a projeção de piroclastos de maiores dimensões e emissão de escoadas lávicas.
A acumulação dos 174 milhões de m3 de material emitido e dos 2,4 km2 de área criada levaram à criação das chamadas “Terras Novas”, uma paisagem lunar que se erguia até aos 160 metros de altura. Com o fim da erupção, iniciou-se, de imediato, um novo processo de alteração e destruição da paisagem, em resultado da ação dos agentes erosivos.
Esta área está integrada na Zona de Especial Conservação (ZEC) e na Zona de Proteção Especial (ZPE) da Caldeira e Capelinhos no âmbito da Rede Natura 2000, bem como no geossítio Vulcão dos Capelinhos e Costado da Nau do Açores Geoparque Mundial da UNESCO.