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Cara do Índio PR01COR
 
Como Chegar
Siga pela Estrada Regional em direção ao Caldeirão (cerca de 8 quilómetros), até encontrar o miradouro.
Equipamento Recomendado
Calçado apropriado para caminhadas, impermeável, chapéu, protetor solar e água.
Galeria
Esta rota linear une dois importantes geossítios, o Caldeirão e a Vila do Corvo, atravessando, de norte a sul, uma das ilhas do Arquipélago menos afetada pela ação antropogénica. Este trilho percorre também algumas zonas da Área Protegida para a Gestão de Habitats ou Espécies da Costa e Caldeirão do Corvo.
Comece o trilho no Miradouro do Caldeirão e siga ao longo da estrada asfaltada rumo a sul apreciando a perspetiva sobre a ilha. Ao chegar à casa conhecida por Casa dos Florestais, continue por uma canada à direita, passando a Ribeira do Trevo, até chegar a um caminho de terra.
Siga as marcas até aos tanques de água artificiais, contruídos entre 2002 e 2013 e que funcionam como bacias de retenção de águas superficiais para servir a população da Vila. Esta zona, conhecida localmente como baldio, serve a comunidade local e caracteriza-se pela ausência de campos de cultivo e/ou pastoreio delimitados por barreiras naturais ou muros de pedra, típicos da paisagem dos Açores. O percurso contorna um cone vulcânico com cratera aberta para sul, conhecido como geossítio da Coroínha e arriba de Pingas. Não deixe de apreciar a vista para a ilha das Flores e continue até chegar novamente a terrenos de cultivo e pastoreio. Prossiga entre muros de pedra solta até perto da falésia, local onde irá encontrar à direita uma rocha de basalto que, através da erosão, foi sendo esculpida naquilo que os habitantes acreditam ser a cara de um índio.
Daqui o caminho desce de forma mais acentuada por um atalho ladeado de exemplares de flora endémica, como a urze (Erica azorica) e o cedro-do-mato (Juniperus brevifolia), passando por antigos abrigos para proteção escavados na rocha e interessantes formações geológicas. Passe num miradouro com vista para a Vila do Corvo e continue até à estrada para a atravessar pela zona histórica da Vila com principal destaque para a arquitetura das casas e as ruas estreitas, determinantes aquando das invasões piratas durante os séculos XVI e XVII.
Continuando o percurso, desça a Ladeira do Outeiro até à Rua da Matriz. Enquanto a percorre vá apreciando o núcleo histórico da Vila e detenha-se uns instantes junto da “Casa de Mariana Lopes”, cuja construção remonta aos séculos XVII e XVIII e que está integrada, desde 1997, no Património Imóvel dos Açores. Ao descer a rua, não deixe de entrar na Igreja de Nossa Senhora dos Milagres, edifício datado do século XVIII. No seu interior, pode apreciar a estátua da padroeira, obra flamenga do século XVI da escola de Malines, um Cristo em marfim e uma imagem em madeira de Nossa Senhora da Conceição.
Prossiga em direção à Rua dos Moinhos, onde tem a possibilidade de visitar os antigos moinhos de vento, que se mantêm em funcionamento, embora já não sejam utilizados com o fim para o qual foram construídos. O conjunto destes três moinhos está classificado como Interesse Público. Daqui também pode apreciar a largueza do canal que separa as duas ilhas do Grupo Ocidental e a silhueta da ilha das Flores que repousa sobre o Atlântico.
Desça em direção à praia e, na primeira entrada à esquerda, atravesse os campos agrícolas que o conduzem até ao atalho da “Poça da Faca”. Acompanhe toda a costa que o guia até à Praia da Areia, onde pode desfrutar de uma aprazível zona balnear. O percurso termina numa praia de areia, onde pode aproveitar para se refrescar nas águas do Atlântico. Não deixe de visitar o Ecomuseu, no centro da Vila, e ficar a conhecer melhor o património corvino.