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Alonso Miguel anuncia renovação da classificação do Geoparque Açores como Geoparque Mundial da UNESCO por mais quatro anos
3 de Julho de 2024
O Secretário Regional do Ambiente e Ação Climática, Alonso Miguel, anunciou que o Conselho Global de Geoparques da UNESCO atribuiu, por unanimidade, o “Cartão Verde” ao Geoparque Açores, revalidando, assim, por mais quatro anos, o seu estatuto de Geoparque Mundial da UNESCO.
O anúncio foi feito na terça-feira pelo governante, no âmbito da sessão de abertura das comemorações da passagem dos 20 anos do reconhecimento, pela UNESCO, da Paisagem Protegida da Cultura da Vinha da Ilha do Pico, como Património Mundial da Humanidade, que decorreu na Madalena do Pico.
O Secretário Regional do Ambiente e Ação Climática explicou que “na sequência do processo de avaliação ao desempenho do Geoparque Açores, referente ao quadriénio 2017-2021, o Conselho de Geoparques Mundiais da UNESCO decidiu atribuir, em 2021, um «Cartão Amarelo», apontando diversas insuficiências e recomendações”.
“No âmbito deste processo, a estrutura de gestão do Geoparque Açores foi notificada para que, no prazo de dois anos, tomasse as medidas necessárias para fazer cumprir e dar resposta às recomendações efetuadas pela UNESCO no relatório da última avaliação, relacionadas, essencialmente, com uma diminuta visibilidade e divulgação do Geoparque Açores no território regional e um insuficiente envolvimento com os parceiros, tendo sido apontada ainda a necessidade de reforço do compromisso por parte das autoridades Regionais e Locais para com o funcionamento do Geoparque Açores”, sublinhou o governante.
Alonso Miguel acrescentou que “em julho do ano passado, decorreu, nos Açores, a missão de avaliação para revalidação do estatuto de Geoparque Mundial da UNESCO, tendo o secretariado do Programa Internacional de Geociências e Geoparques da UNESCO, cerca de um ano depois, emitido a notificação oficial do «Cartão Verde», validando o território açoriano enquanto Geoparque Mundial da UNESCO por um período de mais quatro anos”.
Para Alonso Miguel, ‘a obtenção do “Cartão Verde” é “motivo de grande satisfação, evitando uma dramática perda desta classificação UNESCO por parte do Geoparque Açores, e reflete, evidentemente, um firme empenho da Secretaria Regional do Ambiente Ação Climática, que assumiu diretamente este compromisso e esta missão, reestruturando os órgãos sociais da Associação GEOAÇORES, assumindo a presidência desta associação, e reforçando os meios humanos e financeiros necessários para fazer face às recomendações e às insuficiências apontadas pela UNESCO na atribuição do «Cartão Amarelo»”.
E prosseguiu: “este desfecho positivo é, também, resultado da dedicação e profissionalismo disponibilizados pelos dirigentes e colaboradores da associação e da Secretaria Regional na resolução deste desafio, designadamente no que se refere aos trabalhos efetuados no terreno, ao relatório da missão e aos compromissos internacionais assumidos com a UNESCO e Estados-Membros e ainda com a Rede Global de Geoparques”.
Alonso Miguel disse ainda que este “Cartão Verde” reforça, também, o sentido de responsabilidade de todos os Associados da GEOAÇORES, entre eles esta Secretaria Regional do Ambiente e Ação Climática, para o desenvolvimento, por parte do Geoparque Açores, de todas as ações necessárias para fazer face às breves notas constantes do relatório, e garantir a sua sustentabilidade.
As nove ilhas dos Açores, diversos ilhéus e área marinha envolvente correspondem a uma área de cerca de 13.000 Km2 reconhecida internacionalmente como Geoparque Mundial da UNESCO. Esta designação só pode ser atribuída a territórios detentores de património geológico de relevância internacional onde sejam implementadas medidas de geoconservação, dinamizadas ações de educação ambiental e desenvolvidas parcerias conducentes à sustentabilidade do território.