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Governo dos Açores apresentou Roteiro para a Neutralidade Carbónica da Região na COP 28

Governo dos Açores apresentou Roteiro para a Neutralidade Carbónica da Região na COP 28

4 de Dezembro de 2023

O Secretário Regional do Ambiente e Alterações Climáticas, Alonso Miguel, marcou presença na 28.ª Conferência das Partes (COP28) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas (UNFCCC), este domingo, no Dubai, onde apresentou o Roteiro para a Neutralidade Carbónica dos Açores.

“É motivo de grande satisfação esta participação dos Açores, pela primeira vez, na COP, que é a maior conferência mundial sobre alterações climáticas, e que nos possibilita, desde logo, apresentar o Roteiro para a Neutralidade Carbónica dos Açores e todo o trabalho desenvolvido na Região, em matéria de mitigação e adaptação das nossas ilhas aos efeitos das alterações climáticas, que nos coloca numa posição de referência nesta matéria, e pioneira no que se refere a realidades insulares e arquipelágicas”, sublinha o governante.

“Por outro lado, dá-nos também uma oportunidade única para a partilha de conhecimentos e para estabelecer contacto com especialistas e líderes mundiais, no que se refere à mitigação e adaptação às alterações climáticas, bem como para conhecer as soluções inovadoras que estão a ser desenvolvidas por todo o mundo, para que, com as necessárias adaptações, as possamos implementar na Região”, explicou também

O Secretário Regional esclareceu que “apesar de o contributo dos Açores para o fenómeno do aquecimento global ser residual”, isso não retira a responsabilidade da Região em contribuir para a sua mitigação.

E justificou: “apesar de sermos mais vítimas deste fenómeno do que contribuintes para a sua ocorrência, isso não implica que não sejamos afetados pelos seus efeitos, que colocam em causa a segurança de pessoas e bens e provocam enormes prejuízos materiais e financeiros tal como aconteceu, com o furacão Lorenzo, que deixou um enorme rasto de destruição e prejuízos avultados no arquipélago, estimados em cerca de 330 milhões de euros”.

“E é por isso que o XIII Governo Regional dos Açores assumiu a mitigação e adaptação às alterações climáticas como um eixo estratégico da sua atuação, estando em curso na Região um vasto conjunto de iniciativas nesta matéria, com destaque para investimentos públicos muito consideráveis ao nível da descarbonização dos setores da energia e dos transportes, na ordem das centenas de milhões de euros, para os próximos anos”, adiantou.

Alonso Miguel enfatizou ainda outras iniciativas, como a “implementação do Programa Regional para as Alterações Climáticas, o desenvolvimento de cartografia de risco de mitigação e adaptação às alterações climáticas, o projeto para melhoria do conhecimento e restauro de turfeiras, que são excelentes sumidouros de carbono, ou ainda a criação do Regime Jurídico-financeiro de Apoio à Emergência Climática, para apoiar as populações afetadas por danos e perdas patrimoniais provocados por eventos climáticos extemos”.

“Destaque, naturalmente, para o Roteiro para a Neutralidade Carbónica dos Açores, que aqui apresentámos hoje, e que tem por objetivo estabelecer uma visão estratégica e explorar trajetórias custo-eficazes, tecnologicamente exequíveis e economicamente viáveis em diversos cenários de crescimento económico e demográfico, de forma a atingir a neutralidade carbónica em 2050”, sublinhou.

O Secretário Regional salientou que “para além de enquadrar estrategicamente todas estas iniciativas em curso na Região, o Roteiro apresenta um conjunto de propostas para alcançar a descarbonização prevista para cada um dos setores identificados como sendo mais relevantes, mais concretamente os setores da energia, dos transportes, da agricultura, florestas e outros usos do solo e dos resíduos e águas residuais”.

Alonso Miguel acrescentou que, para atingir a meta da neutralidade carbónica em 2050, os Açores terão de promover o aumento substancial da produção e da utilização de energias renováveis, o aumento da eficiência energética, a eletrificação de transportes e utilização de biocombustíveis e hidrogénio, bem como alterações ao nível da pecuária, sobretudo com a suplementação de alimentos aos animais, de forma a reduzir as emissões de metano, e promover uma redução exequível do efetivo de vacas leiteiras, a partir de 2040, e ainda um aumento dos sumidouros de carbono, através da florestação de cerca de 10% da área dos Açores.

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