menu logo

tamanho do texto:

Notícias

Governo Regional dos Açores elabora guia para controlo de térmitas e iniciou ação de monitorização

Governo Regional dos Açores elabora guia para controlo de térmitas e iniciou ação de monitorização

14 de Julho de 2023

A Secretaria Regional do Ambiente e Alterações Climáticas publicou o “Guia Prático para o Controlo de Térmitas”, no sentido de sensibilizar as câmaras municipais, juntas de freguesia e o público em geral para a problemática das térmitas e dotar as mesmas de uma ferramenta prática que possa contribuir para o combate eficaz a esta praga.

O Secretário Regional do Ambiente e Alterações Climáticas, Alonso Miguel, frisou que “a monitorização desta praga é realizada nos Açores desde 2009, na cidade de Angra do Heroísmo (Terceira), desde 2010 nas cidades de Ponta Delgada (São Miguel) e Horta (Faial), desde 2011 nas localidades de Santa Cruz das Ribeiras, Calheta do Nesquim (Pico), Calheta (São Jorge) e Vila do Porto e Maia (Santa Maria), sendo que a monitorização é realizada em todo o arquipélago dos Açores desde o ano de 2022”.

“Decorrerá, entre os meses de junho e setembro, a monitorização de térmitas, com o objetivo de avaliar a dispersão da térmita-de-madeira-seca das Índias Ocidentais (crytpotermes brevis), em todo o arquipélago. Esta monitorização será realizada com recurso à colocação de armadilhas em todas as ilhas dos Açores, sendo que as armadilhas exteriores consistem em placas cromotrópicas, de cor amarela, que serão colocadas nas luminárias públicas”, explicou o governante.

Segundo Alonso Miguel, as térmitas estão perfeitamente estabelecidas nos Açores e constituem uma praga com impactos consideráveis nas zonas urbanas

“Trata-se de insetos sociais que vivem em colónias, com corpo mole e aspeto esbranquiçado e que podem ter entre 4 e 15 milímetros de comprimento, alimentando-se à base de celulose, elemento constituinte da madeira”, disse.

“Nos Açores são, atualmente, conhecidas quatro espécies de térmitas, a térmita-de-madeira-seca das Índias Ocidentais (crytpotermes brevis), a térmita-subterrânea-ibérica (reticulitermes grassei), a térmita-subterrânea do Este Americano (reticulitermes flavipes) e a térmita-europeia-de-madeira-húmida (kalotermes flavicollis)”, sublinhou.

O titular da pasta do ambiente na Região destacou que “a espécie de térmita de madeira seca das Índias Ocidentais foi a primeira a ser detetada nos Açores, no ano 2000, sendo a que maior impacto tem tido no arquipélago”.

Atualmente, está presente em seis das nove ilhas, não estando confirmada, até à data, a sua presença nem no grupo ocidental, nem na ilha Graciosa.

“A térmita subterrânea ibérica apenas se encontra identificada na cidade da Horta, ilha do Faial, e a térmita subterrânea do Este Americano na zona da Caldeira das Lajes e no antigo Bairro Americano, na Praia da Vitória, ilha Terceira. Por outro lado, a térmita europeia de madeira húmida está presente nas ilhas do Faial, Terceira e São Miguel, podendo, no entanto, esta espécie provocar danos apenas em madeira viva, não causando estragos significativos em imóveis. Poderá, porém, provocar estragos em culturas”, vincou.

Alonso Miguel assinalou que atualmente, as térmitas são consideradas como a principal praga, com efeitos destrutivos, em zonas urbanas em todo o mundo, acarretando perdas económicas assinaláveis

A dispersão geográfica de forma natural das térmitas tem, no entanto, um avanço relativamente lento nos aglomerados urbanos, passando de casa para casa.

“A dispersão desta espécie a grandes distâncias é possível através do transporte de materiais como mobiliário, sendo esta uma explicação da forma como esta praga chegou aos Açores e de como se dispersou pelo arquipélago”, acrescentou o responsável pela tutela do Ambiente.

O “Guia Prático para o Controlo de Térmitas” tem como objetivo promover o conhecimento sobre a vida e os hábitos destes insetos, informando o cidadão sobre as zonas de risco de infestação por térmitas nos Açores, alertando para os indícios e as evidências da sua presença, propondo medidas para a sua contenção no território e fornecendo toda a informação necessária à realização de eventuais ações de combate à propagação desta praga.

Este Guia Prático para o Controlo de Térmitas, que foi divulgado este mês por todos os Municípios e Juntas de Freguesia dos Açores, será atualizado sempre que se considere necessário, podendo ser consultado no portal da Monitorização, Avaliação Ambiental e Licenciamento: http://www.azores.gov.pt/gra/srrn-ambiente

Respeita os termos do WCAG 2.00 AA