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Secretaria Regional publica 1.º Relatório de Monitorização do Programa Regional para as Alterações Climáticas

Secretaria Regional publica 1.º Relatório de Monitorização do Programa Regional para as Alterações Climáticas

27 de Fevereiro de 2023

O Secretário Regional do Ambiente e Alterações Climáticas, Alonso Miguel, anunciou a publicação do 1.º Relatório de Monitorização do Programa Regional para as Alterações Climáticas (PRAC), bem como do Relatório de Seguimento e Monitorização da Avaliação Ambiental Estratégica do PRAC, ambos disponíveis no Portal da Monitorização, Avaliação Ambiental e Licenciamento (www.azores.gov.pt/Gra/srrn-ambiente).

Alonso Miguel realça o PRAC como sendo “um instrumento essencial de planeamento das políticas públicas, considerando que a intensificação das alterações climáticas globais coloca uma pressão acrescida em territórios exíguos e vulneráveis como é o caso do Arquipélago dos Açores”.

“Este Programa foi desenvolvido em conformidade com as políticas, conceitos e diretrizes estabelecidos a nível regional, nacional, internacional (IPCC – Painel Intergovernamental para as Alteração Climáticas), garantindo a compatibilidade com os instrumentos nacionais e comunitários, nomeadamente no que se refere aos instrumentos de gestão territorial, bem como outros estudos e programas aplicados na Região, na altura da sua elaboração”, prossegue o governante.

O Secretário Regional acrescentou que “o relatório agora publicado, resultou do processo de avaliação e acompanhamento do PRAC, com periodicidade bienal, com a finalidade de monitorizar o grau de implementação e eficácia das medidas propostas, apoiando a decisão sobre a eventual alteração ou revisão do Programa, por forma a que este se mantenha adequado ao cumprimento dos seus objetivos estratégicos”.

Alonso Miguel referiu que “no que concerne ao Relatório de Seguimento e Monitorização da Avaliação Ambiental Estratégica, os resultados demonstram que a maioria dos efeitos ambientais identificados em sede de Relatório Ambiental, para todos os Fatores Críticos para a Decisão, foram reconfirmados, considerando-se que, no âmbito da maioria das medidas concretizadas, foi possível potenciar os principais efeitos positivos previstos e que as ameaças detetadas foram, ou têm capacidade para ser, na sua essência, salvaguardadas e mitigadas”.

O governante explica que “neste 1.º Relatório de Monitorização do PRAC é apresentada a compilação da informação recolhida das entidades promotoras das diversas medidas contempladas no Programa, nomeadamente de serviços da administração pública regional, do setor empresarial e dos municípios da Região Autónoma dos Açores”.

Até ao final de 2021, e decorridos dois anos da implementação do PRAC, 52 %, de um total de 145 medidas preconizadas, já se encontram em implementação, das quais 9 % encontram-se totalmente implementadas. Contudo, verificou-se que 39 % das medidas ainda não se encontram implementadas ou tendo sido implementadas, o processo não foi comunicado à Secretaria Regional do Ambiente e Alterações Climáticas.

“Este é o primeiro exercício de monitorização referente aos primeiros dois anos após a aprovação do Programa em análise, entende-se que os resultados alcançados são bastante satisfatórios e que deverão consubstanciar-se como motivadores do exigente processo de implementação das medidas em falta. Não obstante, considera-se relevante continuar a apostar num esforço de todas as entidades no sentido de efetivar a implementação das medidas que não foram implementadas até à data. Ainda, atento o hiato temporal decorrido, não se entende que as medidas preconizadas sejam desadequadas, pelo que, por agora, não se compreende necessário proceder à revisão do PRAC”, afirmou o Secretário Regional.

Alonso Miguel salvaguardou, no entanto, que “o combate às alterações climáticas é um processo contínuo, que deve ser tratado de forma integrada, tendo em conta a constante evolução tecnológica, bem como o enquadramento ambiental e socioeconómico e a evolução das linhas de orientação europeias, nacionais e regionais”, acrescentando que, “tendo em conta que está em desenvolvimento o Roteiro para a Neutralidade Carbónica dos Açores, até ao final de 2023, poderá demonstrar-se necessário proceder à revisão do PRAC, de modo a garantir a compatibilização dos dois instrumentos”.

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