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A Reserva Natural da Lagoa do Fogo celebra hoje o seu 40.º aniversário!

A Reserva Natural da Lagoa do Fogo celebra hoje o seu 40.º aniversário!

18 de Junho de 2022

A Lagoa do Fogo foi classificada como Reserva a 15 de abril de 1974. No entanto, aquando do surgimento da nova legislação relativa à conservação da Natureza e à classificação de áreas de proteção da paisagem, tornou-se urgente a integração da Reserva criada nos novos critérios de classificação e de gestão. Assim, a Lagoa do Fogo foi classificada como Reserva Natural, pela primeira vez, a 18 de junho de 1982.

A Reserva Natural da Lagoa do Fogo foi ainda reclassificada a 8 de julho de 2008, nos termos definidos no Decreto Legislativo Regional que cria o Parque Natural da ilha de São Miguel, constituindo fundamentos específicos para a respetiva reclassificação os valores estéticos e naturais em presença, a singularidade geológica e a respetiva importância para espécies, habitat e ecossistemas protegidos.

Com uma área de 506,82 hectares, este lugar no coração da ilha de São Miguel é de elevada importância para a população, flora e fauna locais.

A água da lagoa alimenta diversas nascentes localizadas nas suas vertentes, sendo importante para o abastecimento de água dos concelhos de Vila Franca do Campo, Lagoa, Ribeira Grande e Ponta Delgada.

O bordo interior da caldeira apresenta encostas íngremes e recortadas, cobertas de mato natural composto por espécies da flora endémica representativa da antiga Laurissilva, como o louro-da-terra (Laurus azorica), o folhado (Viburnum treleasei) a uva-da-serra (Vaccinium cylindraceum), o azevinho (Ilex azorica) e a urze (Erica azorica).

Nesta área protegida nidifica uma grande colónia de gaivotas-de-patas-amarelas (Larus michahellis atlantis) e de garajau-comum (Sterna hirundo).

Atendendo à importância do seu ecossistema e à presença de flora e fauna endémica protegida, a Lagoa do Fogo foi classificada como Sítio Ramsar e integra ainda a Zona Especial de Conservação (ZEC) da Lagoa do Fogo, no âmbito da Rede Natura 2000, e o projeto ambiental Biótopo CORINE.

Apesar da riqueza florística natural, são imprescindíveis os trabalhos de remoção de espécies invasoras que continuam a ameaçar a biodiversidade natural, garantindo deste modo a proteção dos habitat e o enriquecimento ecológico desta Reserva Natural. Deste modo, têm sido levadas a cabo diversas intervenções no âmbito do projeto LIFE IP AZORES NATURA com o objetivo de promover a renaturalização do habitat, favorecendo a recuperação das populações das espécies indígenas que ocorrem nesta área protegida, com recurso à remoção mecânica de espécies exóticas e invasoras e consequente replantação com espécies nativas e endémicas.

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