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A apanha do musgo é uma tradição da sua família para o presépio de natal?
10 de Dezembro de 2021
Se sim, este ano trazemos-lhe uma alternativa mais amiga do ambiente.
O musgo é uma peça fundamental das florestas dos Açores, tanto a nível hidrológico como de conservação da natureza. Nesta época, os Vigilantes da Natureza desempenham um papel importante através da sensibilização da comunidade para a importância desta espécie. A sua colheita, apanha, corte, venda e deterioração intencional estão proibidos por lei. Desta forma, a Secretaria Regional do Ambiente e Alterações Climáticas irá reforçar a vigilância e fiscalização dos locais onde esta espécie se desenvolve.
Se acha que o seu presépio não será o mesmo sem vegetação natural, sugerimos que, ao invés de musgo, utilize a espécie exótica lágrimas-de-anjo (Soleirolia soleirolii). Recomendamos que a apanhe com algum substrato agarrado às raízes para que dure toda a quadra natalícia. Esta espécie, trazida para os Açores para fins ornamentais, conseguiu escapar da plantação em cativeiro devido à sua capacidade de dispersão. Hoje em dia, é possível encontrá-la a cobrir muros de pedra em todas as ilhas. Assim, conseguirá enfeitar o seu presépio da forma que mais gosta ao mesmo tempo que ajuda a preservar o ambiente. Mas atenção, deverá descartá-la de forma adequada, através da sua queima e não a colocando no lixo. No entanto, não deverá plantá-la tendo em conta que já existe em excesso na natureza e pode representar uma ameaça para a biodiversidade que a rodeia.