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Governo Regional protocola com Universidade dos Açores Cartografia Digital da Capacidade do Uso do Solo
7 de Dezembro de 2021
O Governo Regional dos Açores, através das Secretarias Regionais Agricultura e do Desenvolvimento Rural e do Ambiente e Alterações Climáticas, anunciou hoje, na Praia da Vitória, que será assinado um protocolo com a Universidade dos Açores para a criação da cartografia digital dos solos da Região.
O documento, orçado em cerca de 50 mil euros, tem o intuito de melhor conhecer as potencialidades do solo e assegurar a sua preservação.
“Queremos um solo que possa ser um bem endógeno intergeracional, ou seja, temos de transmitir o solo com a mesma capacidade de produzir como o recebemos”, defendeu o Secretário Regional da Agricultura e Desenvolvimento Rural.
António Ventura frisou ainda que “o solo nos Açores é um elemento considerado no processo produtivo dos agroalimentos, pelos consumidores, dando garantias de confiança”.
“Este compromisso entre as duas Secretarias e a Universidade dos Açores vai permitir criar uma ferramenta de trabalho no âmbito do aconselhamento, fundamental para a produção nos Açores”, sublinhou, acrescentando que o Executivo açoriano está empenhado para que os Açores sejam “uma Região de referência mundial, pelo respeito e estudo que dedicamos ao solo”.
Por sua vez, o Secretário Regional do Ambiente e Alterações Climáticas defendeu “os solos desempenham muitas funções importantes do ponto de vista ambiental, entre as quais o sequestro de carbono da atmosfera, que é fundamental para a neutralidade carbónica e para a mitigação dos efeitos das alterações climáticas”.
“As cartas de solos permitem fazer um zonamento da aptidão e da capacidade de uso dos solos e criar unidades de paisagem”, disse ainda Alonso Miguel, acrescentando que “essa cartografia, digitalizada e em formato vetorial, é fundamental para a modelação e definição rigorosa das tipologias de sumidouro de carbono que podem implementadas em cada zona”.
“Se numa determinada área devemos apostar, por exemplo, em floresta produtiva, em floresta nativa não produtiva, na criação ou restauro de turfeiras, em pastagem permanente ou em qualquer outro tipo de sumidouro de carbono”, elucidou o governante.
Segundo o Secretário Regional, essa informação é também relevante ao nível do ordenamento do território.
“Por exemplo, numa altura em que grande parte dos municípios da Região estão a rever os seus Planos Diretores Municipais, é fundamental que esta informação seja tida em conta no âmbito do processo de classificação do território dos municípios, de modo a garantir que é respeitada a aptidão dos solos da Região”, concluiu.